domingo, 10 de julho de 2016

WWII (Parte 16) - A conquista da Noruega

A conquista da Noruega

Na noite do dia 13 de dezembro de 1939, o Almirante Erich Raeder, comandante da Marinha de guerra alemã, teve uma entrevista secreta com Vidkun Quisling. O líder fascista norueguês comunicou-lhe que os ingleses planejavam realizar um desembarque em seu país e propôs-lhe, a fim de frustrar o projeto britânico, apoiar com seus partidários a ocupação da Noruega por tropas alemãs. Raeder, entusiasmado com a ideia, transmitiu imediatamente a Hitler a proposta de Quisling.

Adolf Hitler e o Almirante Erich Raeder
Vidkun Quisling

O ditador recebeu Quisling em 14 de dezembro e manteve com ele longa conferência, a portas fechadas. Ao término da reunião, Hitler ordenou aos chefes da Wehrmacht iniciar sem o estudo de um plano de invasão da Noruega e da Dinamarca. No momento, entretanto, não deu maior importância ao assunto, pois a sua atenção estava toda concentrada na preparação do ataque contra a França.
Devido aos sucessivos adiamentos da ofensiva na frente ocidental, Hitler, em 27 de janeiro, volta ao projeto da Noruega e ordena ao Marechal Wilhelm Keitel que constitui um grupo de estudo integrado por oficiais das três forças armadas e um representante do serviço secreto. Esta pequena equipe, dirigida pelo Almirante Krancke, deu início ao planejamento da operação Weseruebung, palavra-chave que designava a invasão da Noruega e Dinamarca. Seus trabalhos são mantidos em absoluto sigilo e realizado sobre a supervisão direta de Hitler.

Marechal de campo Wilhelm Keitel

Um fato inesperado leva finalmente o ditador a pôr em prática a invasão. Em 16 de Fevereiro, um destróier britânico, seguindo ordens de Churchill, ataca em Águas territoriais norueguesas, o transporte alemão “Altmark”, navio auxiliar do encouraçado “Graf Spee”, que conduz a bordo 300 marinheiros aliados capturados no Atlântico Sul e, após um curto combate, consegue resgatar os prisioneiros. Ao receber a notícia, Hitler ordena, enfurecido, que Keitel acelere os preparativos para realizar, o quanto antes, a operação Weseruebung.

Návio alemão "Altmark"

Na manhã de 21 de fevereiro, Hitler recebeu o general Nikolaus von Falkenhorst e lhe confiou o comando das forças que interferiram na invasão. O veterano General preparou, nessa mesma tarde, em seu quarto de hotel, um esboço do plano de operações, valendo-se, na ausência de mapas, de um guia turístico da Noruega. O ataque seria realizado por cinco divisões, cada uma das quais ocuparão os cinco principais portos noruegueses: Oslo, Stavanger, Trondheim, Bergen e Narvik. Hitler aprovou plenamente o projeto.
A partir desse momento, acontecimentos se precipitam. Em 1º de março, Hitler determinou as diretivas finais para a invasão e, dois dias mais tarde, decidiu que o ataque contra a Noruega teria que se realizar antes da ofensiva da frente ocidental. Para isso, se dispôs a aumentar as forças de Falkenhorst até um total de 9 divisões. Em 9 de março, a Marinha terminou o seu plano de operações e as tropas começaram a se concentrar nos portos do Norte da Alemanha e na fronteira com a Dinamarca. Tudo estava pronto para o ataque. Finalmente na tarde de 2 de abril e após manter uma longa conferência Falkenhorst, Raeder e Goëring, Hitler fixou a data da invasão: 9 de abril às 5:20 da manhã.

Referências bibliográficas:

Texto integral da obra: A segunda guerra mundial, Editora Codex S.A. Copyright 1965/66.

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