A conquista da Noruega
Na noite do dia 13 de dezembro de 1939, o
Almirante Erich Raeder, comandante da Marinha de guerra alemã, teve uma entrevista
secreta com Vidkun Quisling. O líder fascista norueguês comunicou-lhe que os
ingleses planejavam realizar um desembarque em seu país e propôs-lhe, a fim de
frustrar o projeto britânico, apoiar com seus partidários a ocupação da Noruega
por tropas alemãs. Raeder, entusiasmado com a ideia, transmitiu imediatamente a
Hitler a proposta de Quisling.
Adolf Hitler e o Almirante Erich Raeder |
Vidkun Quisling |
O ditador recebeu Quisling em 14 de
dezembro e manteve com ele longa conferência, a portas fechadas. Ao término da
reunião, Hitler ordenou aos chefes da Wehrmacht iniciar sem o estudo de um
plano de invasão da Noruega e da Dinamarca. No momento, entretanto, não deu
maior importância ao assunto, pois a sua atenção estava toda concentrada na
preparação do ataque contra a França.
Devido aos sucessivos adiamentos da
ofensiva na frente ocidental, Hitler, em 27 de janeiro, volta ao projeto da
Noruega e ordena ao Marechal Wilhelm Keitel que constitui um grupo de estudo integrado
por oficiais das três forças armadas e um representante do serviço secreto. Esta
pequena equipe, dirigida pelo Almirante Krancke, deu início ao planejamento da
operação Weseruebung, palavra-chave que designava a invasão da Noruega e
Dinamarca. Seus trabalhos são mantidos em absoluto sigilo e realizado sobre a
supervisão direta de Hitler.
Marechal de campo Wilhelm Keitel |
Um fato inesperado leva finalmente o
ditador a pôr em prática a invasão. Em 16 de Fevereiro, um destróier britânico,
seguindo ordens de Churchill, ataca em Águas territoriais norueguesas, o
transporte alemão “Altmark”, navio auxiliar do encouraçado “Graf Spee”, que
conduz a bordo 300 marinheiros aliados capturados no Atlântico Sul e, após um
curto combate, consegue resgatar os prisioneiros. Ao receber a notícia, Hitler
ordena, enfurecido, que Keitel acelere os preparativos para realizar, o quanto
antes, a operação Weseruebung.
Návio alemão "Altmark" |
Na manhã de 21 de fevereiro, Hitler
recebeu o general Nikolaus von Falkenhorst e lhe confiou o comando das forças
que interferiram na invasão. O veterano General preparou, nessa mesma tarde, em
seu quarto de hotel, um esboço do plano de operações, valendo-se, na ausência
de mapas, de um guia turístico da Noruega. O ataque seria realizado por cinco
divisões, cada uma das quais ocuparão os cinco principais portos noruegueses:
Oslo, Stavanger, Trondheim, Bergen e Narvik. Hitler aprovou plenamente o
projeto.
A partir desse momento, acontecimentos
se precipitam. Em 1º de março, Hitler determinou as diretivas finais para a
invasão e, dois dias mais tarde, decidiu que o ataque contra a Noruega teria
que se realizar antes da ofensiva da frente ocidental. Para isso, se dispôs a aumentar
as forças de Falkenhorst até um total de 9 divisões. Em 9 de março, a Marinha
terminou o seu plano de operações e as tropas começaram a se concentrar nos
portos do Norte da Alemanha e na fronteira com a Dinamarca. Tudo estava pronto
para o ataque. Finalmente na tarde de 2 de abril e após manter uma longa
conferência Falkenhorst, Raeder e Goëring, Hitler fixou a data da invasão: 9 de
abril às 5:20 da manhã.
Referências
bibliográficas:
Texto integral da obra: A segunda guerra
mundial, Editora Codex S.A. Copyright 1965/66.
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