terça-feira, 26 de julho de 2016

WWII (Parte 18) - O ataque a Oslo

O ataque a Oslo

Às 11:00 horas da noite do dia 8 de abril, o patrulheiro norueguês “Pol 3” avistou na escuridão a silhueta de um navio que navegava velozmente para o Norte, com todas as luzes apagadas. Era o Destroier alemão “Albatros”, barco de vanguarda da frota de invasão do Almirante Kummetz. Seu objetivo: Oslo.
O capitão do pequeno guarda costeira alertou imediatamente, por rádio, ao comando naval de Oslo e se dirigiu a toda máquina contra o barco inimigo. Em poucos minutos, cobriu a distância que o separava do “Albatros” e investiu violentamente contra um de seus flancos. Os artilheiros do destroier' abriram fogo à queima-roupa contra o “Pol 3” e, em 15 segunda, o enviaram ao fundo do oceano.

Destroier "Albatros"

Alertados pelo último chamado do patrulheiro, os chefes da Marinha norueguesa ordenaram as baterias, que defendiam o fiorde de entrada de Oslo, que se preparassem para repelir o ataque dos Barcos alemães. Nesse momento, a frota do Almirante Kummetz, integrada pelos cruzadores “Blücher” e “Emden “, o couraçado “Lützow”, cinco destroieres e nove rastreadores, havia começado a subir o estreito do canal, em direção a capital da Noruega. Encabeçava a formação o “Blücher”, barco insígnia de Kummetz, a bordo do qual viajava também o general Engelbrecht, comandante da força de assalto, integrada por 2.000 homens.
As 4 da madrugada do dia 9 de abril, os vigias da fortaleza da ilha de Oscarsborg avistaram a frota alemã.
Pouco depois, ouvia-se os canhões de Oscarsborg - artilharia da Fortaleza de Kopas, situada na margem oposta do fiorde. Apanhado entre dois fogos, o “ Virgo” Não tinha salvação. Os noruegueses deram o golpe de misericórdia, com uma descarga de torpedos. Convertido em imensa fogueira “Blücher” afundou em poucos minutos, sepultando nas águas geladas do fiorde mais da metade de sua tripulação. O Almirante Kummetz e o general Engelbrecht conseguiram nadar para a costa e foram aprisionados pelos noruegueses. O ataque naval a Oslo havia fracassado.

Fortaleza de Oscarsborg 

Às 9:30 da manhã, o rei Haakon VII, acompanhado por seus ministros, sua família e os membros do Parlamento, abandonou a capital e dirigiu-se para a cidade de Hamar, situada a cerca de 200 quilômetros ao norte de Oslo. Atrás da comitiva partiu uma frota de caminhões levando todo o ouro do banco da Noruega e os documentos secretos do Governo.
Ao ter notícia da derrota sofrida pela esquadra, o embaixador alemão enviou mensagem urgente a Berlim. Sem demora, foi enviada, então, uma esquadrilha de transporte Junkers carregada de soldados, ao aeródromo de Fornebu, próximo a Oslo.
Ao meio-dia e apesar do mau tempo, cinco companhias de paraquedistas e tropas aerotransportadas haviam conseguido desembarcar em Fornebu. Aproveitando a confusão e o pânico reinante em uso, essa reduzida força, precedida por uma improvisada banda de música, entrou marchando tranquilamente na capital e se apossou de todos os pontos estratégicos, sem disparar um só tiro.

Haakon VII, o rei da Noruega

A Dinamarca sucumbe

Simultaneamente ao ataque Noruega, os alemães levaram a cabo a ocupação da Dinamarca. A operação se realizou rapidamente e sem sofrer qualquer tropeço. Pouco antes da saída do Sol, em 9 de abril, entrou surpreendentemente na Bahia de Copenhagen o Cruzador auxiliar “Hansestadt Danzig”, escoltado por dois patrulheiros. O barco passou sem dificuldades pelas baterias do forte que guardavam o porto e foi atracar junto ao molhe de Langelinie, bem junto ao centro da cidade.
Enquanto as tropas desembarcavam “Hansestadt Danzig” ocupavam a capital, forças motorizadas da Wehrmacht cruzaram a fronteira dinamarquesa na península da Jutlândia e se aproximaram, sem achar maior resistência, das principais cidades e aeródromos do país. Três flotilhas da Kriegsmarine se apoderaram, por sua vez, dos portos mais importantes.

Tropas desembarcando do Hansestadt Danzig

          Em Copenhagen, os soldados da Guarda real ofereceram Uma Breve resistência às tropas alemãs. Trocaram-se alguns disparos e um dos Sentinelas do Palácio morreu no combate. Finalmente, o rei Christian, considerando que toda a resistência era inútil, ordenou o comandante em chefe do exército, General Pyor, que largassem as armas.
A ousada operação, que custou aos alemães a perda de apenas 20 homens entre mortos e feridos, permitiu a Luftwaffe se ocupar os estratégicos aeródromos da Dinamarca, dos quais haveria de realizar as operações da Wehrmacht no Sul e no centro da Noruega.

Rei Christian da Dinamarca

Referências bibliográficas:
Texto integral da obra: A segunda guerra mundial, Editora Codex S.A. Copyright 1965/66.

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