segunda-feira, 30 de maio de 2016

WWII (Parte 7) - Varsóvia resiste, nem tanto

Varsóvia resiste

Ás 5:00 da Tarde do dia 8 de setembro, os tanques da divisão Panzer 1 chegaram aos subúrbios de Varsóvia. O seu chefe, General Schmidt, estava certo de apoderar-se da velha Capital em poucas horas. Não contava, entretanto, com a heroica resistência que os habitantes lhe ofereciam. Três tanques alemães avançam lentamente pelas ruas desertas. De repente, um grupo de escoteiros lhes sai ao encontro. Surpresos, os alemães não fazem fogo. Dois garotos, tomando um dos fios elétricos da rede dos Bondes que jazem sobre o solo, aproxima-se correndo de um dos enormes veículos e jogam o fio sobre o motor quente. Ao produzir se o contato, o tanque se incendeia.
Os outros blindados disparam as suas metralhadoras, mas, os escoteiros conseguem escapar. Acelerando a marcha, os tanques dirigem-se para a praça união de Lublin, uma das principais da capital. A multidão foge espavorida, mas, um chofer, com uma lata de gasolina, corre para um dos tanques e, lançando o inflamável, ateia-lhe fogo. Em poucos minutos, o veículo transforme-se em uma gigantesca fogueira. O outro tanque empreende a toda velocidade a retirada.
Episódios semelhantes repetem-se em todos os bairros sob a liderança de seu decidido e Valente Prefeito Stephane Starcynski, o povo de Varsóvia consegue assim rechaçar a primeira investida dos alemães.
Atrapalhado com essa Inesperada resistência, o general Schmidt decide distribuir as suas forças pelos arredores da capital e aguardar a chegada das unidades de Infantaria.

Prefeito de Varsóvia Stephane Starcynski

O aniquilamento do exército polonês

Na noite do dia 9 de setembro, o general Dab-Biernacki, Chefe do exército Prússia, chega à cidade de Brest-Litovsk. Sem demora, procura o Marechal Smigly-Rydz, que, dois dias antes, instala a ali o seu quartel-general. Os dois chefes apertam-se as mãos e, durante alguns segundos, permanecem em silêncio. Finalmente, Dab-Biernacki comunica ao seu superior a tremenda notícia.

- Marechal, está tudo perdido. Os alemães destruíram esta noite o meu exército, na margem direita do Vístula.

Smigly-Rydz, abatido, deixa-se cair em uma cadeira. O aniquilamento do exército Prússia põe fim às últimas esperanças de construir uma nova frente defensiva. Nada mais pode deter o avanço Alemão para Varsóvia. Dois dias antes, o Marechal dera a Dab-Biernacki a ordem de deslocar rapidamente as suas forças para o leste do Vístula, mas, em vertiginoso avanço, as divisões motorizadas de von Rundstedt envolveram pelo Norte e pelo Sul as divisões polonesas e fecharam na sua retaguarda uma mortal tenaz. Em 8 de Setembro, A Batalha terminava. As últimas três divisões do exército Prússia foram aniquiladas.

General polonês Dab-Biernacki 

A Wehrmacht, dando estrito cumprimento ao seu plano de campanha, empreendeu em seguida a destruição dos exércitos dos Generais Bortnowski e Kutrzeba, cujas unidades, que somavam mais da metade dos efetivos totais do exército polonês, ficaram isoladas a oeste do Vístula.
Na manhã de 10 de setembro, o general Kutrzeba, inicia um violento ataque para o sul, afim de golpear o flanco esquerdo da gigantesca Cunha lançada pelos alemães e conter o avanço dos blindados para Varsóvia.
Em 12 de Setembro, o general Kutrzeba e o general Bortnowski, realiza uma conferência às margens do Bzura. Ao Sudeste do Rio, os seus soldados sustentam desesperados combates com as tropas de von Blaskowitz, sobre o bombardeio incessante e Demolidor da artilharia e dos stukas. Em poucos minutos, os dois chefes tomam uma resolução extrema. Fracassou o ataque para o sul e, de todas as direções, convergem as forças alemães. Decidem sustar imediatamente ofensiva e empreender no dia seguinte a retirada para Varsóvia. Entretanto, já é tarde…

Criança polonesa sofre os horrores da guerra

O cerco estendido por von Rundstedt fecha-se inexoravelmente. As divisões Panzer 1 e 4, que se encontra em frente a Varsóvia, dá meia volta e dirigem-se a toda velocidade para o Bzura, afim de cortar, pelo Leste, a retirada dos poloneses. Do Norte, o quarto Exército de Kluge avança em marcha forçada e completa a barreira que, pelo Oeste e Sul, levantou o VIII Exército de von Blaskowitz. 16 de setembro, às 10:30 da manhã, os alemães iniciam o ataque. Os Panzer cruzam o Bzura e, aniquilando todas as forças que se colocam no seu caminho, alcançam até a localidade de Kiernoczie, situada no centro da gigantesca bolsa. A sorte dos exércitos poloneses está selada. No dia seguinte, os alemães recrudescem a violência da ofensiva.
Cai a noite pelos caminhos que vão ao leste, marcham, em meio ao caos indescritível, milhares de soldados poloneses sobre as margens do Bzura, chocam-se com os alemães e se desenrola uma luta Furiosa e Sangrenta. Duas brigadas de Cavalaria conseguem romper o círculo e evadir-se para Varsóvia, através dos espessos Bosques o general Kutrzeba, acompanhado por um grupo de Oficiais, consegue também chegar à capital. O General Bortnowski é feito Prisioneiro. Ao despontar do dia 18 de setembro, Luftwaffe lança todos os seus efetivos ao ataque. Com o rugido ensurdecedor, os stukas abatem-se sobre as indefesas colunas de soldados, metralhando os em Piedade poucas horas depois a batalha termina. Está destruído o grosso do exército polonês.

Referências bibliográficas:
Texto integral da obra: A segunda guerra mundial, Editora Codex S.A. Copyright 1965/66.

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